Em 19 de maio, a B3 divulgou uma análise sobre a evolução das pessoas físicas cadastradas em sua base, bem como o número de contas em corretoras (lembrando que um mesmo CPF pode ter mais de uma conta em corretoras diferentes). Em 2018, a B3 registrava 800 mil contas em corretoras e 700 mil CPFs cadastrados e, em abril de 2020, esses números praticamente triplicaram para 2,4 milhões de contas e 2 milhões de CPFs cadastrados.

A quantidade de CPFs nos três primeiros meses de 2020 já representa mais da metade dos novos CPFs em todo o ano de 2019. O valor investido desses CPFs representava 14% do total do mercado e o saldo mediano caiu de R$19 mil em 2018 para R$8 mil em março de 2020, indicando uma concentração maior de pequenos investidores.

Além da quantidade de pessoas físicas cadastradas, o número de investidores que negociam também cresceu significativamente, de 500 mil em 2019 para 1,3 milhão de CPFs que fizeram ao menos um negócio ao mês.

O principal produto em que as pessoas físicas investem são as ações, que representam mais de 1,7 milhão de CPFs com posições em março de 2020. O investimento em fundos imobiliários também cresceu bastante, aproximadamente 23%, passando de 604 mil CPFs em dezembro de 2019 para 790 mil em março de 2020.

Com o aumento de ativos investidos por CPF, a diversificação de portfólio também cresceu, de 26% das pessoas físicas com 5 ou mais ativos em carteira em 2016 para 48% em 2020. Isso também se aplica na faixa de saldos com até R$10 mil, onde mais de 25% dos investidores possui mais de 5 ativos em carteira.

Ao analisar a faixa etária e o gênero, a porcentagem de investidores entre 25 e 39 anos também aumentou, de 28% em 2017 para 49% em março de 2020, com investidores do sexo masculino representando 75% nesse mesmo período.

As regiões Sudeste, Sul e o Distrito Federal possuem o maior número de investidores, com todos os estados apresentando crescimento acima de 25% de novos CPFs cadastrados na B3 na comparação entre dezembro de 2019 a março de 2020.

A divulgação desses dados mostra a importância da área de Relações com Investidores das companhias em saber se comunicar cada vez melhor com investidores pessoas físicas, cuja forma de comunicação pode ser bem diferente daquela demandada por investidores institucionais.

A MZ está à disposição de seus clientes para ajudar no que for preciso para atender todas as demandas da área, tanto com investidores institucionais quanto com o crescente número de investidores pessoas físicas no mercado.

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Cássio Rufino – IR & CFO

Observação: As fontes de todos os gráficos foram do próprio estudo da B3