Como é sabido e você pode relembrar um pouco do assunto neste artigo, uma das principais intenções do XBRL é fazer com que computadores consigam comparar dados estruturados de resultados trimestrais e/ou anuais da mesma empresa em diferentes períodos, com peers de mercado ou com qualquer outra empresa. Deixarmos que um computador realize tal tarefa traria resultados mais velozes, confiáveis e menos cansativos.

Desde 2009 a SEC vem enfrentando alguns problemas relacionados a dados estruturados, as empresas não estão aderindo significativamente a taxonomia proposta, devido frameworks de valuation e contabilidade próprias. O problema para FPIs é ainda mais profundo devido fato de aderirem a mais de uma bolsa.

A solução para empresas que não conseguem aderir a taxonomia proposta é a criação de extensões. Esse método é uma forma da empresa certificar-se que seus dados estruturados únicos serão passados com a devida fidedignidade. Apesar de  ser um poderoso recurso em seu uso, o problema principal é limitar a comparabilidade entre diferentes dados estruturados.

Estamos construindo um cenário em dados estruturados do qual pouco poderemos usufruir, pois, devido a alta criação de extensões e a falta de padronização nos reports das empresas, dificilmente um software de comparação entre XBRLs conseguirá apresentar informações úteis aos usuários. Desta forma, no lugar de termos um avanço de leitores automatizados e dinâmicos em um arquivo compacto, ficamos paralisados com os leitores de documentos em formato estático.

Escrito por Fernando Fernandes