Destaque - 24/04/2018

Conheça as Tecnologias que estão impactando os Serviços Financeiros e Mercado de Capitais

Independentemente da sua afinidade com tecnologia, fica cada vez mais evidente o crescente impacto em nossas vidas e no mundo corporativo. A tecnologia permite que transações sejam executadas com maior agilidade, reduzindo custos e o número de erros operacionais.

Com esse cenário, destacamos quais tecnologias devem despontar como tendências na indústria de serviços financeiros e mercado de capitais nos próximos anos. Sua empresa está preparada para essa revolução tecnológica?

  1. Inteligência Artificial (IA). Com potencial de redefinir modelos de negócios, todos os campos relacionados a inteligência artificial estão avançando cada vez mais, levando um número cada vez maior de companhias iniciar a adoção da IA em sua estratégia, produtos e serviços,especificamente na indústria financeira e de mercado de capitais. O uso dessa tecnologia está focada em aumento de produtividade, simplificação e automação de processos, gerenciamento de risco, compliance, auxílio na tomada de decisões e conhecimento dos clientes.  
  2. Transformação Digital. Durante a última década, presenciamos o lançamento de uma séries de  dispositivos digitais, incluindo smartphones, tablets, smart TVs, speakers como Alexa e dezenas de outros dispositivos “inteligentes”. Também passamos a contar com muitos aplicativos que simplificam e colocam uma infinidade de serviços a nosso alcance. À medida que os clientes se tornam mais digitais, mais exigentes e com mais conhecimento de tecnologia, as companhias são pressionadas para aumentar significativamente os esforços digitais. Na indústria de serviços financeiros e mercados de capitais, o cenário não é diferente. Instituições financeiras em todo o mundo estão investindo agressivamente em projetos de transformação digital.
  3. Mobile. Pegando carona na transformação digital, oferecer produtos e serviços por canais móveis já não é mais uma opção. Atualmente apenas possuir um aplicativo, não é mais suficiente. Diminuir a fricção no uso de serviços financeiros, por meio de aplicações móveis que facilitam a vida do usuário, é fundamental, centrando a experiência do usuário em uma interface amigável e simples. Talvez os maiores exemplos da indústria sejam os serviços bancários como soluções pagamentos em um clique e transferência de dinheiro peer to peer por meio do uso de biometria.
  4. BaaP & APIs. A visão de “Bank as a Platform” (BaaP) é a ideia de que os bancos possam distribuir seus próprios produtos, e também os de terceiros, através de APIs abertas, possibilitando a troca de informação de seus clientes com vários fornecedores. As APIs fornecem suporte para soluções inovadoras que dificilmente seriam oferecidas sem abertura do sistema bancário. Cada vez mais os bancos fazem parcerias com empresas de tecnologia financeira por meio de APIs abertas.
  5. Big Data & Ciência de Dados. Com o aumento significativo do volume de dados dos últimos anos, a dobradinha big data e ciência de dados deve ter um aumento ainda maior nas corporações. Para as empresas que procuram racionalizar as operações, os especialistas apostam em tecnologias que ajudem na análise de grande quantidade e variedade de dados em tempo real, viabilizando o entendimento sobre quais produtos são mais eficientes e como melhorar a experiência dos clientes. Essas iniciativas de big data estão impulsionando modelos de negócios mais sofisticados.
  6. AR & VR. Outra tendência para médio e longo prazo é o uso de realidade aumentada e virtual no ambiente de trabalho. Hoje, já observamos algumas tentativas de colocar essas tecnologias em prática,como por exemplo, a exploração de plataformas holográficas para negociação financeira. Utilizando-se da geração de realidade aumentada, interação por voz e gestos visando melhor visualização de dados e insights gerados por IA.  
  7. Blockchain. Em um nível muito fundamental, formam um sistema descentralizado para gerenciar e autenticar informações. Dentro de uma rede blockchain,  ‘contratos inteligentes’ substituem a necessidade de um terceiro, fornecendo uma rede simples, mas robusta, que verifica e autoriza transações de mercado automaticamente. Todos os dados gerados por meio dessas interações são armazenados e registrados em um “livro razão” digital criptografado que protege contra a ameaça de manipulação e invasão. As oportunidades para os serviços financeiros que investem em tal tecnologia são enormes como criptomoedas, seguros, cartórios e bolsas de valores. É claro que ainda há algumas grandes questões a serem respondidas em termos de escala, desempenho, segurança, mas o investimento e amadurecimento dessa dessa tecnologia deve resolver essas questões.
  8. Biometria. A segurança é sempre uma preocupação para companhias e clientes. Os métodos de autenticação biométrica ajudam a simplificar os processos de segurança e fornecer métodos de autenticação mais seguros. Nesse sentido, players da indústria de serviços financeiros devem aumentar o investimento e integração de tecnologias que permitem autenticação biométrica a seus produtos e serviços como o uso de digitais e reconhecimento facial.
  9. IoT & 5G. O IoT, ou a internet das coisas, onde dispositivos e sensores comunicam-se entre si faz um link entre o mundo real e o mundo digital. Esses dispositivos interconectados, devem criar uma série de oportunidades e modelos de negócios nos próximos anos. A tecnologia que deve pavimentar o IoT são as redes 5G. A Internet 5G tem o potencial de ser quase 10 vezes mais rápida que a 4G.

Escrito por: Thiago Trida, Marcele Magalhães e Felipe Furlan

Recentes - 23/01/2018

Dez perguntas que todo conselho deve fazer como parte do monitoramento dos riscos cibernéticos

Como o conselho administrativo das empresas deve proceder para reforçar sua segurança diante dos riscos cibernéticos?

As pessoas que trabalham no setor de segurança cibernética acreditam que há dois tipos de companhias: “as que foram hackeadas e as que não sabem que foram hackeadas”.  Cada vez mais companhias estão sofrendo violações de dados, e as consequências dessas violações podem ser significativas. Nos Estados Unidos, essas violações já são seguidas de processos, incluindo ações coletivas contra os conselheiros e diretores da companhia pela suposta violação do dever fiduciário. Isso sem contar as próprias consequências para o negócio das companhias, já que uma violação de dados pode levar à queda expressiva do preço da ação. Finalmente, as empresas que sofreram violações de dados geralmente têm um custo incalculável, mas muito real, em termos de reputação.  Esse custo pode ser muito superior ao valor pago em acordos judiciais e ações regulatórias.

Os custos da violação de dados podem ser exponencialmente maiores quando houver a percepção de que o conselho não tomou as medidas necessárias para fiscalizar adequadamente a segurança da companhia. Tendo em vista os custos associados às violações de dados e o fato de que hoje nenhuma empresa está imune a isso, é essencial que o conselho se certifique de que está monitorando os riscos cibernéticos de forma apropriada. Isso pode ser uma tarefa assustadora, especialmente para os conselheiros que não tem formação em tecnologia. Por isso criamos esse guia, com 10 perguntas que o Conselho deve fazer para ajudar no monitoramento dos riscos cibernéticos:

  • Liderança: A companhia atribuiu claramente a responsabilidade pela preparação da organização em relação à segurança cibernética a um profissional sênior que conta com o suporte da administração?
  • Orçamento e Equipe: A administração já pensou seriamente sobre a alocação de orçamento e pessoal para garantir a gestão adequada de riscos cibernéticos?
  • Programa de Segurança Cibernética Amplo e Formalizado por Escrito: A administração elaborou um programa amplo e formal de segurança cibernética e privacidade de dados composto de políticas e procedimentos razoáveis e adequados?
  • Treinamento e educação dos funcionários: A administração instituiu programas de treinamento eficazes que ensinem os funcionários a lidar com dados sensíveis e protegê-los?
  • Prestadores de serviço: A administração tomou medidas para mitigar os riscos de segurança cibernética associados à terceirização de funções de negócios?
  • Conformidade legal e regulatória: A administração acredita ter um sistema eficaz em vigor para acompanhar a evolução das leis e regulamentos federais, estaduais e internacionais sobre a segurança de dados aplicáveis às suas operações e garantir o seu cumprimento?
  • Seguro: A administração pensou seriamente em contratar seguro contra riscos cibernéticos?
  • Detecção: A administração instalou tecnologias adequadas não só para evitar o download de software malicioso, mas também para detectar tentativas de violação e alertar a organização?
  • Plano amplo e formal de resposta a violações: A administração tem um plano amplo e formal de respostas a violações em vigor?
  • Informações não digitais e dispositivos físicos: Quais medidas a administração toma para proteger informações sensíveis não digitais?

Ao fazer as perguntas descritas acima – e quaisquer outras perguntas relevantes aos fatos e circunstâncias da empresa – e exercer o bom julgamento, os conselheiros podem monitorar os riscos cibernéticos que afetam a empresa, assim como o seu plano para mitigar e responder a esses riscos. Como essas informações podem mudar com o tempo, o conselho deve refazer essas perguntas pelo menos uma vez ao ano. Além disso, recomendamos que a empresa verifique se há padrões aplicáveis ao setor da companhia e quais são as práticas de mercado dos seus pares. Esse estudo é importante para garantir que o programa de segurança seja adequadamente robusto.

O Portal do Conselho Meetx da Nasdaq Corporate Solutions foi feito para fornecer aos conselhos e equipes de liderança de entidades públicas, privadas e sem fins lucrativos maior gestão de governança em toda a organização.  Desenvolvido com foco em segurança, nosso software eficiente e fácil de usar ajuda empresas a simplificar o compartilhamento de informações críticas por meio da internet ou aplicativos para tablets e a tornar as reuniões mais produtivas.

CONTATO:

Amanda Munhoz

amanda.munhoz@mzgroup.com

Baseado no artigo que fora publicado pela Nasdaq, “Ten Questions Every Board Should Ask in Overseeing Cyber Risks”.